segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nova oportunidade...

Pancho Guedes é o arquitecto que se segue a 25 de Maio auditório1 Lusíada



ARCHITECTURAL POSTCARDS FROM A CONVICT
«(…) Na obra de Pancho Guedes diluem-se fronteiras, revelam-se gestos plásticos onde também estão estruturas e exprimem-se formas racionais onde coexistem escultóricas formas arquitecturais, tradições e descobertas.
Uma polifonia sistémica faz interagir a arte e a técnica de tal modo que nunca podemos distinguir fronteiras ou rupturas. É assim um fluir de metamorfoses como nos revela o autor do livro.
E é talvez por isso que em Pancho Guedes o gesto erudito ou o gesto vernacular estão patentes nas suas obras. (…)» (Jacinto Rodrigues, Prefácio a «Pancho Guedes-Metamorfoses Espaciais», de Miguel Santiago Fernandes, Caleidoscópio, Março 2007)


A ARQUITECTURA DOS SONHOS OU DA VIAGEM PELA ARTE
A mais magnífica viagem que tivemos oportunidade de fazer ainda está por fazer.
Com a certeza de que o paradoxo encerrava a mais evidente das verdades parou, o atelier, na tarde em que se apresentaria o livro de Miguel Santiago, sobre a obra de Amâncio d’Alpoim Miranda Guedes, arquitecto, nascido em Lisboa, em 1925.

Era ainda mais evidente esta certeza, porque aquele Homem fora quem, quando estudávamos, nos ensinara que queríamos ser arquitectos para toda a vida. E nos mostrara que talvez isso nos fosse possível…
Nessa altura, com pouco mais de vinte anos, no quarto ano do curso de arquitectura, foi-nos proposto projectar o interior de uma barbearia. Com absoluta confiança - leia-se liberdade - do Cliente, que com uma extrema sensibilidade pintava e esculpia. A obra seria por nós acompanhada e a execução dos mobiliários também. E porque acreditávamos na força da motivação de trazíamos, sugerimos ao nosso Mestre, Pancho Guedes, que um dos trabalhos curriculares fosse substituído pelo trabalho que desenvolveríamos naquela barbearia. E assim foi. Obra concluída.

Naquela tarde, o atelier «mudou-se» para o edifício dos Banhos de S. Paulo, a sede da Ordem dos Arquitectos, para uma sala vazia pela metade, em que se não viram os que querem ser arquitectos e aqueles que, hoje, julgam ensiná-los.
Como pode alguém julgar aprender a arquitectura, permitindo-se não descobrir a sua essência?
E essa essência está no magnífico trabalho de quem explorou a absoluta necessidade da viagem, como Pancho Guedes.

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